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18/05/2023

Quais as diferenças entre os tipos de blockchain?

Blockchain – que em português significa “corrente de blocos” – é uma tecnologia inovadora criada em 2008 que permite o armazenamento de dados de forma segura e descentralizada.

Originalmente era destinada ao desenvolvimento e sustentação de criptomoedas, principalmente a moeda digital Bitcoin, mas atualmente já é utilizada em inúmeros negócios. Já conhecemos a utilização desta tecnologia em contratos e acordos digitais auto executáveis, no mercado imobiliário (registro de contratos para compra e venda de imóveis, por exemplo), finanças (realizar pagamentos e transferências bancárias internacionais), seguros, votações eletrônicas, rastrear cadeias de suprimentos e até registrar identidades digitais. A blockchain já está sendo usada para verificar a autenticidade de obras de arte e gerenciar direitos de propriedade intelectual.

Um blockchain é um registro público e compartilhado de transações, que contém informações sobre uma ou mais transações; bem como um código exclusivo que o identifica e o conecta aos outros blocos na cadeia. Além disso, é uma tecnologia na qual todas as transações são criptografadas. A blockchain é composta por blocos de dados que são interligados através de criptografia, que formam uma cadeia contínua e inquebrável, numa sequência de códigos e letras que faz com que as informações tornem-se permanentes, ainda que nem todas as informações sejam completamente públicas. Destacamos que é impossível alterar ou apagar as informações registradas em um bloco, mesmo de forma parcial.

Quais são as diferença entre os tipos de blockchain?

Existem basicamente quatro tipos de blockchains: as públicas, as privadas, as semi privadas (híbridas) e as de consórcio. As diferenças entre os tipos de blockchain estão relacionadas ao grau de centralização e privacidade; o controle de acesso e o nível de transparência da rede. Cada tipo de blockchain tem seus próprios usos e aplicações, dependendo das necessidades de uma determinada organização ou setor. Entenda as principais características e diferenças entre elas.

A blockchain pública – também conhecida como blockchain aberta – é definida por uma rede aberta e descentralizada, na qual qualquer pessoa pode participar e realizar transações, bem como ter acesso aos registros e informações armazenados na rede. Essas redes são projetadas para serem resistentes a ataques e não possuem nenhuma organização ou uma entidade centralizada no comando da rede. Como as informações não são controladas e nem mesmo há “regras”, todos podem acessar livremente as movimentações e todos os dados na rede são públicos e transparentes. Exemplos de blockchains públicas incluem criptomoedas como Bitcoin, Ethereum e Litecoin.

As principais características da blockchain pública são:

– Democrática: qualquer pessoa pode participar e contribuir para a rede;

– Segurança fundamentada em participação descentralizada e uso de criptografia;

– Descentralização das informações, o que blinda o bloco à censura e à manipulação;

Já a blockchain privada originou-se de um movimento natural de interesse de governos, instituições financeiras e bancos após a explosão da utilização das moedas digitais. As blockchains privadas são redes restritas e controladas que possuem organização central por uma entidade ou organização específica. Trata-se de uma rede fechada e controlada por uma única entidade ou grupo de entidades que possuem acesso e permissão para realizar transações. É esse controlador quem determina as regras, informações e quem pode fazer parte do bloco. Essas redes são projetadas para serem altamente seguras e privadas, com um alto nível de controle e flexibilidade sobre como as transações são realizadas e as informações são compartilhadas apenas entre os membros autorizados da rede, e não são públicas. As blockchains privadas são utilizadas principalmente para fins empresariais ou governamentais, buscando ampliar a eficiência e segurança na troca de informações. Como exemplos, temos a Hyperledger Fabric e a Corda. Algumas entidades e empresas no Brasil que utilizam blockchains privadas, citamos: Receita Federal brasileira, IBM e JBS.

As principais características da blockchain privada são:

– Acesso restrito – somente para membros autorizados;

– Controle por uma entidade ou organização;

– Mais suscetível à censura e à manipulação, em virtude da maior centralização das informações;

– Privacidade das transações, que não são visíveis ao público.

Blockchain semiprivado (híbrido) é um recorte que mescla os padrões de blockchain pública e blockchain privada, considerando as vantagens e desvantagens dos dois padrões acima descritos. Esse modelo permite a configuração de um sistema privado, desde que haja permissão por parte do sistema público. Com isso, a organização pode controlar quem tem acesso aos dados públicos e quem pode acessar dados específicos armazenados na área privada. É comum, no entanto, que os registros e transações das blockchains públicas sigam privadas.

As principais características da blockchain híbrido são:

– Acesso restrito – somente para membros autorizados e permitidos;

– Mais suscetível à censura e à manipulação, em virtude da maior centralização das informações, mas ainda mais resistente do que o blockchain privado;

– Semiprivacidade das transações, com alguns registros e transações que não são visíveis ao público.

Finalmente a blockchain de consórcio é uma rede semiprivada, também conhecida como blockchain autorizada. Surgindo da necessidade de descentralizar informações e manter a transparência das operações, ela permite que diferentes membros da organização central colaborarem nas operações da tecnologia, desde que validados; sem o risco de ter apenas uma entidade no controle da rede. Essas redes são projetadas para serem mais flexíveis do que as redes públicas, permitindo que as entidades membros definam suas próprias regras e políticas, já que possui recursos privados e públicos.

As principais características da blockchain de consórcio são:

– Acesso restrito – somente para membros autorizados e validados;

– Celeridade das transações;

– Controle por um grupo de organizações ou entidades;

– Mais suscetível à censura e à manipulação, em virtude da maior centralização das informações, mas ainda mais resistente do que o blockchain privado;

– Semiprivacidade das transações, com algumas informações que não são visíveis ao público.

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O conteúdo deste artigo é meramente informativo e não pode ser comparado a um parecer profissional sobre o assunto abordado. Os esclarecimentos sobre os diferentes tipos de tecnologia Blockchain devem ser sanados em consulta com profissional habilitado. Sugerimos consulta a um advogado especialista em Direito Digital.

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